quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

VIOLINO: A CASA DAS BARATAS?!








Que Noooooojoooooooo!!!!!!!!!!!!!! Sim este inseto é realmente nojento e adora lugares humidos...


Bem, eis que um amigo levou um violino com mais ou menos cem anos para eu restaurar...

O estado do violino era realmente triste, todo desmontado, rachado, faltando acessórios, em fim, passou anos dentro da caixa, naquele estado...


Retirei as fitas que seguravam as partes do violino soltas e comecei abrindo o
fundo que estava descolado no meio e nas laterais e para a minha supresa o interior do violino estava assim:




Algumas baratas cairam no chão... Sem comentários sobre isso...
Durante um bom tempo este violino serviu de ninho para as baratas, mas agora era hora de limpar e seguem algumas fotos de como foi este trabalho:







ANTES


DEPOIS



ANTES




DEPOIS



ANTES



DEPOIS




ANTES





DEPOIS




ANTES




DEPOIS







ANTES





DEPOIS




ANTES




DEPOIS




Este violino depois de pronto ficou com um bom som e mais uma história para contar!



quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

PROJETO DE LUTHERIA DA CIDADE DE BARRA MANSA COMPLETA UM MÊS.


Em homenagem ao aniversário de um ano do Projeto de Lutheria de Barra Mansa-Rj.

Em agosto de 2008 a Região
Sul Fluminense foi abençoada com a abertura do Projeto de Lutheria da ci
dade de Barra Mansa.
Projeto este que nasceu de um
sonho único, mas sonhado por muitos, inclusive eu.Hoje ele é realidade e estou muito feliz por fazer parte deste projeto maravilhoso, devo aqui ressaltar as principais entidades que fizeram este sonho se
tornar realidade: Fundação CSN, Prefeitura de Barra Mansa, Aciap e o projeto Construindo sonhos.

Graças às essas entidades o projeto hoje alçou vôo e esta
crescendo cada vez mais e mais e hoje contamos com nada mais nada menos que um dos mais famosos e talentosos luthier da região, o mestre luthier Barros, que com seu carinho, amor, atenção e fonte inesgotável de sabedoria vem
ensinando a mim e a mais trinta alunos a maravilha do mundo da construção de violão, cavaquinho, viola caipira, bandolim...

Alunos aprendendo com
o mestre Barros.
Hoje o projeto atende a trinta adolescentes e jovens com idades de 13 a 22 anos, as aulas acontecem duas vezes
por semana e os alunos são divididos entre turma da man
hã e turma da tarde e além das
aulas de lutheria os alunos
contam com uma aula de
violão, pois é muito importante o luthier entender o instrumento que ele constrói.

Braço do nosso primeiro vio
lão ainda bruto, mas já é amado pelo aluno.


Alunos e o professor Barros
Colando o mosaico no tampo do nosso primeiro violão.

Todos envolvidos neste primeiro instrumento.

Estamos festejando um mês de curso com muita alegria e um violão quase pronto e eu estarei sempre escrevendo algumas notícias sobre este projeto que já é um exemplo para toda a região sul-fluminense !


Um beijos Felícia.


ROLANDO PELA ESCADA


Este cello modelo Eagle C-300 4/4 estava novinho até que um dia...
A responsável pelo instrumento descuidou do menino e ele rolou degraus a baixo...
O resultado não poderia ser diferente, o braço pagou o pato!


Além do braço quebrado as laterais estavam descoladas, neste momento a minha
primeira
reação foi comprar um adesivo epóxi chamado ARALDITE profissional, 24 horas.
Limpei a rachadura com água quente, para retirar as impurezas que poderiam estar entranhadas na rachadura , pois
esse violoncelo ficou parado uns meses até que eu pudesse mexer, então misturei as duas colas adesivas e colei. confesso que nunca tinha feito algo assim seria a primeira vez, estava rezando para dar certo.

Esperei cerca de um di
a e meio até que fui conferir o resultado.

Percebi que uma parte tinha perdido um pedacinho de madeira e ficou um pouco arredondado por causa do tempo que ficou parado esperando para ser colado. Vale lembra que quando o instrumento estiver
quebrado, rachado, descolando deve ser levado o mais rápido possível para as mãos de um luthier de confiança, pois isso evita problemas crônicos no instrumento e também facilita para um reparo perfeito.
Aproveitei e colei as laterais do instrumento usando cola de origem animal.

Com um poco de pó de madeira e super-bonde tampei as extremidades que arredondaram com o tempo, deixei o super-bonde ultrapassar um pouco o limite da rachadura e usei uma lixa grão 150 para nivelar a superfície de novo, com isso à rachadura ficou apenas como uma marca, minha preocupação era deixar ela imperceptível a ponto do músico mudar de posição e sentir o braço totalmente liso, então fui aumentado o grão da lixa até usar a número 2000 e entre uma lixada e outra eu molhava o braço do instrumento para arrepiar a madeira então lixava de novo, com isso obtive uma região muito lixa e cheguei ao resultado que eu queria.
Neste caso eu optei por deixar o braço somente na cor da madeira, não quis dar outra tonalidade.
Após alcançar o resultado almejado montei o instrumento, pois o próximo passo era observar se somente a colagem resistiria à pressão das cordas tencionadas. O tempo passo e até hoje não tive problemas, sempre estou observando, pois caso o braço comece a descolar o ideal será usar a técnica do pino, mas até o momento não foi preciso, o instrumento tem um bom som e já está sendo usado pelo músico e eu fiquei feliz pelo resultado obtido. :-)